Na semana passada abordámos os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODS),
relembrando o que são e por que razão foram criados (Link). Na nossa perspectiva, ainda mais relevante, procurámos evidenciar como a sua divisão em sub-objectivos, devidamente mensuráveis e com um alcance temporal definido (iniciaram-se em 2015 e terminam em 2030) permitem a líderes mundiais, organizações não governamentais, empresas e cidadãos perceberem se estão no bom caminho para o seu cumprimento e adaptarem as estratégias de implementação.
Neste post vamos debruçar-nos sobre o ODS #3 “Saúde de Qualidade”. Neste âmbito, os sub-objectivos e respectivas métricas são bastante numerosos e abrangentes, como é possível verificar através da sua consulta no site das Nações Unidas, por exemplo no do Centro Regional de Informação para a Europa Ocidental. No ODS 3 encontramos sub-objectivos relacionados com a redução da taxa de mortalidade materna global, erradicação de epidemias como a Sida ou a Tuberculose, redução de mortes e feridos em acidentes rodoviários, reforço da prevenção do uso de drogas ou o acesso a serviços essenciais de saúde de qualidade.
Em 2015, quando os ODS foram lançados estávamos longe de adivinhar que, cinco anos
mais tarde, teríamos uma pandemia que afectaria gravemente todos os países do globo: desde o número de óbitos (enquanto os números oficiais apontam para mais de 5 milhões, a revista “ Nature ” estima que o valor possa ser duas a quatro vezes superior); passando pelos impactos nos serviços de saúde dos vários países do mundo; pela reorganização do trabalho; ou pelo encerramento de escolas por tempo indeterminado.
Dessa forma, o relatório de progressos dos ODS, publicado em 2021, aponta retrocessos problemáticos. Este documento, disponível aqui, em Inglês, indica que a COVID-19 exacerbou: os desequilíbrios já existentes no acesso aos cuidados de saúde, especialmente nos países economicamente menos desenvolvidos; na saúde materno-infantil; na detecção precoce e tratamento de doenças não-comunicáveis; ou a falta de profissionais de saúde, além do cansaço extremo a que muitos deles estiveram sujeitos, como é de conhecimento geral. Neste curto vídeo, os impactos nocivos da pandemia no ODS 3 são identificados.
Quando se fala de ODS muitas pessoas alegam que só as multinacionais podem ter um
impacto sério na sua implementação. Na SpeechCare consideramos que essa visão está
errada. Com efeito, enquanto cidadãos, podemos ter, no dia-a-dia, um impacto real em
vários dos ODS (pensemos por exemplo no numero 13, referente à “Acção Climática”), e,
enquanto empresa, podemos começar por compreender o que são e, posteriormente,
integrá-los nas nossas actividades.
A SpeechCare procura garantir um serviço de qualidade excepcional a todos os utentes e famílias. Fá-lo através de um acompanhamento rigoroso e empático, da organização de formações a profissionais dos ramos de saúde e educação, de uma comunicação online que pretende ser esclarecedora e motivadora e da constante adaptação de materiais e infra-estruturas. Na nossa actividade nas clínicas e nas escolas desenvolvemos um trabalho integrado, com profissionais e famílias, com impacto a longo-prazo.
Mais recentemente criámos o SpeechCare SOS, um projecto desenvolvido com as Aldeias SOS de Cabo Verde (Link) e com o Instituto de Desenvolvimento Social (Link), que visa desenvolver terapia da fala a 18 crianças com necessidades especiais, assim como formar profissionais da ONG e de entidades locais na identificação de problemas de fala, linguagem e comunicação, criando uma estrutura forte para acompanhamento das dificuldades de outras crianças, agora e no futuro. A propósito, quer contribuir? Toda a ajuda é bem-vinda: saiba mais na nossa página.
Um trabalho com efeito multiplicador e visão de longo-prazo, assente na procura constante de melhoria dos nossos serviços e de parcerias fortes e duradouras com entidades que partilham dos nossos valores, aproximam-nos do ODS 3 e, acreditamos, ajudam na prossecução de alguns dos seus sub-objectivos.
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